Quando ouvimos falar em ‘adoção’ de pessoas, logo a relacionamos com crianças órfãs, não é mesmo? Mas saiba que no Japão, as coisas não são bem assim… Das cerca de 80 mil adoções anuais que acontecem no país, 98% são de homens adultos com idade entre 25 e 30 anos – e detalhe: com formação completa!
São apenas negócios
Mesmo parecendo estranho aos olhos ocidentais, no Japão, por tradição uma empresa é vista como um negócio familiar que, seguindo esta tradição, só pode ser herdada por um filho homem, então se a família não tem um filho homem ou se o herdeiro se demonstra incapaz de ficar no comando dos negócios, a solução é adotar um homem adulto, que irá ganhar o nome da família e assumir os negócios da empresa no futuro – prática chamada de ‘Mukoyoshi’.
Se possível, o ideal é casar o filho adotivo com uma filha biológica para reforçar o laço familiar. Neste caso, é esperado que o recém-chegado na família, além de cumprir com as competências que a empresa exige, se comprometa a ser um marido e pai atencioso – prática chamada de ‘Omiai’.
Sobre a tradição
Não pense que a prática da adoção de homens adultos no Japão seja algo moderno, ela teve início com os comerciantes do início do período Tokugawa (1603-1867) e, diante o cenário atual dos da população os negócios japoneses estão cheios de adultos adotados para herdarem grandes empresas.
Já ouviu falar?
Você provavelmente já deve ter ouvido falar da empresa Suzuki Motors Company, certo?
Pois então, saiba que o atual CEO da Suzuki, Osamu Suzuki (atualmente com 91 anos de idade), é um desses filhos adotivos adultos com o propósito de herdar e administrar a empresa. Inclusive, quando começou a pensar em sua aposentadoria, Suzuki escolheu seu genro, Hirotaka Ono (falecido em 2007), como seu herdeiro no lugar do próprio filho biológico.

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